sexta-feira, outubro 28, 2005

Viver Montanhosamente

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Acrofobia, claustrofobia, hidrofobia, aracnofobia..., há nomes para todo o tipo de fobias, e no entanto não encontro no dicionário, a de que eu padeço. Mas não faz mal, invento agora mesmo uma, hummm… vou chamar-lhe planofobia. Já sei que não soa muito científico, mas para o que quero serve.

Planofobia: medo do plano, planícies, ou qualquer área geográfica desprovida de relevos geográficos, ou seja, de montanhas, serras, colinas ou outras proeminências.
Claro como a água.

A minha fobia manifesta-se de modo igual à maioria das fobias. Basta ver um filme dos moinhos de vento na Holanda, ou que alguém me faça a típica pergunta: “Quando fores velhote achas que mudarás para um sítio menos frio, longe das montanhas?”, para que de forma automática me sinta estranhamente angustiado e incomodado. É superior a mim.

Não me interpretem mal, na realidade gosto muito de passar uns tempitos nas praias australianas, sempre que tenha a certeza de que regresso ao meu recantozito na montanha ao fim de duas semanas no máximo. Talvez, sem saber, provenha de uma larga estirpe de pastores dos Pirinéus, ou talvez noutra vida tenha sido um veado ou uma cabra montesa. De qualquer forma, rapidamente me apercebi de que quanto mais alto subia, menos idiotas havia à minha volta, e foi isso que me fez escolher as montanhas para meu lar. A montanha é a antítese da monotonia. É puro dinamismo geológico. Pura energia vital e adrenalina. Inquietação. Pujança. Força. Nem faz falta explicar o que significa montanhosamente… e o melhor de tudo é que para consegui-lo, nem sequer é um pré-requisito viver nas montanhas.

Adaptado/traduzido de: “Vivir montanosamente”, Xavi Fane, “Solo Bici”, nr.º151.

segunda-feira, agosto 15, 2005

Gostar, ou não, de Nocturnos

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Estamos em Agosto e o calor não convida a grandes passeios. Por isso, lá realizamos mais um nocturno. Tenho que confessar, não sou grande adepto de passeios nocturnos. Talvez seja por não me permitirem grandes extravagâncias em cima da bike ou, e esta deve ser a principal razão, porque não me “visto a rigor” para a ocasião.

Mas há uma forte razão para eu participar nestes passeios. É sempre uma oportunidade de andar de bike com o amigo Panda. Adepto fervoroso deste tipo de aventuras, prepara a ocasião como se de uma cerimónia se tratasse. Embora use óculos, a dificuldade de visão, para ele, não é um embaraço. Sorte a nossa! Quando as nossas lanternas (apetrechadas de pilhas do DIA) deixam de nos iluminar o caminho (o que, normalmente, acontece quando a luz dos candeeiros públicos ainda nos faz companhia) a “Central Eléctrica” do Panda é o principal entretenimento da noite. Liga as luzes em potência máxima e lá vamos nós atrás dele, como jovens patos atrás da mãe pata. É uma experiência que só vista. Estou sempre à espera de ver no jornal local uma notícia sobre um habitante que avistou um Ovni em Ponte da Barca :))) Desta vez, os estreantes nesta aventura nocturna, foram o Zé Pedro, o Tiago e o Davide. Aprenderam algumas normas a cumprir nas experiências nocturnas e, mais uma vez, transportaram consigo a alegria que lhes é natural nestas ocasiões. Admito que estava enganado. Os nocturnos são agradáveis experiências. É sempre bom ter a companhia do Panda e é emocionante ver a euforia dos caloiros.

Até uma nova pedalada!

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